Pesquisar
Loading...
  • 4 razões para você não se demitir

    Contorne principais problemas que levam bons profissionais a largarem tudo

    Atualizado em

    Antes de chutar um emprego para o alto, é útil o profissional avaliar o que o levou àquele estado de colapso – seja para salvar a situação ou para não correr o risco de se encontrar do mesmo jeito em um novo trabalho, tomando certos cuidados para começar direito da próxima vez.

    Veja abaixo os 4 fatores mais comuns que costumam deixar as pessoas a ponto de “largar tudo” (mesmo quando elas não sabem para onde iriam depois de pedir demissão):

    1 – Relacionamentos conturbados

    Os problemas mais frequentemente relatados por meus clientes em coaching são aqueles com as chefias diretas ou com algum colega difícil, teimoso ou carreirista/traidor.

    Para salvar a situação: sabemos que é difícil, mas tente conversar com essa pessoa para entender os motivos que a levam a se comportar assim. Pergunte o que ela esperava do setor, sem acusá-la. Depois faça uma autoanálise e responda:

    1. Quando e de que forma o comportamento dela está te afetando?
    2. Qual é sua parte nisso? Será que vocês compartilham defeitos e dificuldades semelhantes? Caso sim, quais?
    3. Será que ela possui traços que você gostaria de ter e não se permite? Caso sim, quais?
    4. O que fazer para melhorar essa relação?
    5. Valeria a pena para você?
    6. Você quer fazer isso?

    Caso responda “não” às duas últimas perguntas, busque se afastar (mesmo que só no sentimento) da pessoa por um tempo, assim você ganha clareza de visão e fôlego no cargo.

    Para mudar na próxima: invista em ferramentas de autoconhecimento como terapias e coaching. Faça testes de perfil comportamental para não se pegar nas mesmas armadilhas nos novos relacionamentos.

    2 – Sobrecarga

    Excesso de atividades, alta complexidade e aprendizado frenético (em ambientes de alta mudança) levam os profissionais ao que os psicólogos chamam de Burn out (ou colapso físico e mental relacionado ao trabalho), causando estafa, bloqueio de criatividade, doenças e até mesmo síndrome do pânico.

    Para salvar a situação: delegue! Peça ajuda e divida com os pares suas atividades. Peça orientação a seus líderes sobre como pode aprender melhor e mais rápido. Faça pausas durante o dia, alongue-se.

    Peça orientação a seus líderes sobre como pode aprender melhor e mais rápido. Faça pausas durante o dia, alongue-se.

    Force a saída no horário pelo menos duas vezes por semana para fazer uma atividade ao ar livre, esportiva ou lúdica, negociando na área quem pode ser seu “back-up” no telefone nesses dias. Cuide muito bem de sua alimentação e do sono.

    Para mudar na próxima: mude seu estilo de vida e faça um check-up geral. Converse com profissionais de sua nova empresa para saber como é o ritmo de trabalho, de aprendizagem e de desafios antes de aceitar um cargo. Decida se naquela fase da sua vida é a hora de fazer uma mudança para o novo desafio. Permita-se descansar, você ganhou o direito!

    3 – Baixo desempenho

    Quando um profissional está sendo pouco desafiado, ele aprende pouco e traz baixos resultados, entrando na área de fadiga psíquica da curva de desempenho, causada por “estresse de monotonia”, embotamento e até crises emocionais. Muitas pessoas pensam que o estresse é causado apenas por excesso de atividades, mas a falta delas também causa pressão sobre o indivíduo, estressando-o.

    Para salvar a situação: peça mais delegação a seu chefe. Dê ideias de novos projetos ou melhorias que você mesmo poderia implantar para facilitar a vida de seus colegas ou do próprio chefe. Organize o setor. Visite outras áreas da empresa e descubra onde poderia ser útil, negociando essa colaboração com seu líder direto e explicando que é importante para se manter aprendendo e motivado.

    Visite outras áreas da empresa e descubra onde poderia ser útil, negociando essa colaboração com seu líder direto e explicando que é importante para se manter aprendendo e motivado.

    Caso isso não seja possível, busque desafios fora do trabalho enquanto pensa numa solução alternativa. Faça um curso, aprenda um ofício novo, faça trabalho voluntário ou adquira um hobby. O importante é não enferrujar. Bicicletas paradas não ficam em pé.

    Para mudar na próxima: seja bastante cuidadoso no período de recrutamento e seleção, levantando todas as informações sobre o novo cargo e conversando com seu futuro chefe sobre esse problema vivido anteriormente. Descubra o nível de responsabilidades que terá e como é o fluxo de trabalho naquela área, antes de tomar sua decisão.

    4 – Manchas à reputação

    Eventos inesperados envolvendo fofocas, difamação, calúnias, desfalques e até roubos (de dinheiro e de informações) podem manchar de forma irrecuperável a reputação de um profissional, levando-o a perder a cabeça e pedir demissão ou o afastamento do cargo repentinamente.

    Para salvar a situação: leve o caso a seus superiores assim que os rumores começarem. Se não for possível, converse com o RH ou a psicóloga da empresa. Em casos mais extremos, consulte um advogado para saber como agir antes de pedir demissão. Não tente resolver essa situação sozinho, você precisará de suporte e orientação para que sua carreira não seja destruída. Jamais caia na tentação de fazer justiça você mesmo ou de “entregar os culpados”.

    Para mudar na próxima: afaste-se de fofoqueiros assim que notar sua existência na equipe. Se desconfiar de roubos ou desfalques em sua área, peça transferência de setor ou de sede (antes que isso respingue em você). Se a transferência não for possível, peça férias, afaste-se e comece imediatamente a procurar outro emprego. Lembre-se de que uma reputação leva anos para ser construída e apenas um boato para ir pelo ralo.

    Sua carreira é sua obra, cuide bem dela!

    Para continuar refletindo sobre o tema

    E quando o chefe fala demais?

    Precisando melhorar a convivência?

    Professores uns dos outros

    Foi demitido? Aproveite para se reinventar

    Carla Panisset

    Carla Panisset

    Especialista em Aumento de Performance Profissional e transição de carreira. Treinadora, Comunicóloga e Relações Públicas. Já treinou mais de 1.000 líderes e profissionais brasileiros, tendo 25 anos de carreira. Facilitadora de Biodanza® Sistema Rolando Toro (em formação).

    Saiba mais sobre mim